Nelson Vieira

Nelson Vieira

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A Criança - por Nelson Vieira




A CRIANÇA
  Nelson Vieira
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Um ser pequenino, vindo à luz do mundo, dependente de tudo, puro, para cumprir uma senda que, por mais bem projetada pelos genitores ou quem detenha o pátrio poder sobre a mesma, a certeza das realizações, é uma incógnita, só o tempo dirá quanto ao resultado. A depender de uma série de fatores, que não entraremos no mérito.
Entretanto, desde que nos foi permitido à cognição, temos ouvido e mesmo lido, ditos populares, tais como: “As crianças são as nossas esperanças...” e “O amanhã está reservado para elas”. Na verdade, a voz do povo tem lá um fundo racional, de acordo com a lógica e o bom senso. Isso, nos leva a pensar no porvir, em mudanças e, em renovação.
Nesse meio tempo, do nascer à fase infantil propriamente dita, é destaque a inocência incutida no ser sem macula, um diamante em estado bruto. Um ente, no presente para o futuro, nada sabe, diz coisas bem ao natural, não existe maldade, não conhece o vil metal.
O comportamento da criança, por vezes nos inebria e, como um passe de magica, passa um “filme” e, a caixa memorial, nos faz lembrar de momentos de outrora, que não voltam mais, tudo é passado.
Feliz, aquele que teve uma infância condigna, junto ao seio familiar, tendo recebido ensinamentos basilares, conhecidos como de berço, e posteriormente frequentado escolas (em épocas passadas consideradas uma segunda casa), alicerces na edificação da criança para um amanhã com dignidade.
Hoje, vivemos outra realidade.

Campo Grande - MS

domingo, 6 de setembro de 2015

Até quando vamos suportar? - artigo de Nelson Vieira


ATÉ QUANDO VAMOS SUPORTAR?

Nelson Vieira*

Os brasileiros começam a ver os escândalos no país, assim como algo corriqueiro. Têm alguns que acham normal a existência da corrupção, “é parte integrante do cotidiano”. Outros dizem que o Brasil mais parece “um queijo suíço, todo cheio de furos”, quando comparado a países sérios. É a cultura da vantagem, da ganância, em pleno estado de agressividade, como nunca visto. Bem, nunca vistos porque encobertos, os tempos eram outros, hoje há mais condições dos atos ilícitos virem á tona. Muito embora as pessoas fiquem pasmas diante dos fatos divulgados pela mídia, enquanto vigente a liberdade de expressão. É que na atualidade está difícil jogar a sujeira para debaixo do tapete.
É um escândalo atrás do outro, a ponto de motivar especulações com referência a possível novo escândalo, numa sequência rápida entre a descoberta, os envolvidos, o montante de dinheiro arrecadado e distribuído de acordo com as posições dos beneficiários da operação com capa de legalidade, num determinado espaço de tempo.
É de se ficar pasmo mesmo diante dos acontecimentos, puxa, quanta maracutaia para obter o “lucro diferencial”, aquela diferença entre o real a perceber em função de trabalho (executado ou não) e a pretensão imaginária, a sobra para o rateio em que todos os participantes do conluio, ganham, diriam sem muito dispêndio dos mentores (corruptores), somente os “investimentos” necessários à arregimentação dos colaboradores (corrompidos) para efetivação das operações fraudulentas.
Todos sabem que a corrupção existe porque há os corruptores e os corrompidos, até ai nenhuma novidade. Mas, aproveitar do cargo para se locupletar, tenha dó. A maioria desses infratores recebe de bons a ótimos salários, portanto não há explicações plausíveis, a nosso ver que dê sustentação para atitudes do gênero.
Êta país rico! É dinheiro embutido nas cuecas, malas, nos paraísos fiscais, anões do orçamento, mensalões, sanguessugas, mimos, agrados, superfaturamentos e etc., escorrendo pelos ralos, são muitos. Quadrilhas são desmanteladas, prisões efetuadas, passados dias, fica a sensação de embromação. Destarte, “o Brasil só na afunda porque é muito grande”.
De repente, olha aí gente! Estourou mais um escândalo (será noticiado), e a população encarará como mais um em que, nada mudará o já conhecido de todos, tomando por base às ocorrências anteriores. E olhem! Temos vários órgãos de controle e fiscalização atuando no país, nas esferas municipais, estaduais e federais, e mesmo assim eclodem fraudes e mais fraudes de proporções exorbitantes.
São impressionantes, as ações dos “atores” vistos em cena, na interpretação dos seus “papéis” (flagício), ora em diálogos ou ora em movimentos de condução da “mala preta”, conforme marcação de “palco” e por vezes no repasse direto, e ainda negar o delito. É querer subestimar a inteligência dos homens e a tecnologia empregada, com anuência do judiciário.
Temos presenciado figurões reclamando das ações impetradas pelas polícias, em especial as da Polícia Federal, fazendo criticas desabonadoras. Não cremos que a Polícia Federal esteja agindo ao arrepio da Lei, muito pelo contrário as operações acontecem por determinação da justiça. E não é à toa, é devido ao apurado nas investigações.  Agora, querer mordomia nisso e naquilo durante as prisões e apreensões, por favor, chega de exageros. Pelo que temos presenciado a polícia tem feito o que compete fazer e nada mais, de conformidade com o que se apresenta e a acolhida nos locais das operações.  Aliás, quem não deve não teme.
Até quando vamos suportar o “mexe e mexe na sacola da viúva”? Que exemplos danosos para a geração de hoje, o futuro do Brasil, que a tudo assiste.
*Nelson Vieira de Souza – Secr. Est. Ed. Cultura do GOB-MS