P A
I
Nelson
Vieira*
É importante a lembrança de
homenagear o Pai, em um determinado dia do ano (de preferência no seio
familiar), uma praxe em nossos dias. Embora, entendemos que o Pai deve ser amado
e respeitado diariamente, assim como a Mãe. Aliás, eles se
complementam.
Pai implica em responsabilidades,
atenção diuturna para com os filhos, em especial nos dias de hoje. Não, que no
passado fosse tão diferente. É que, atualmente há mais facilidades à mão,
acompanhadas de violências, e de onde menos se esperam desencadeadas por
diferentes motivos, muitos dos quais alheios a nossa vontade.
Feliz o filho que o Pai está
próximo, que possa vê-lo constantemente. O Pai presente é um eterno conselheiro,
o melhor amigo, companheiro de todas as horas, principalmente nas mais difíceis
e “paitrocínio” tantas vezes, que até perdemos a conta, uma dívida impagável,
daquelas “de pai para filho”.
Com relação ao Pai que partiu
desta para outra, resta a saudade, os exemplos deixados pelo mesmo, incrustados
no “EU” de cada filho, proporcional a sua sensibilidade. E, fica o
questionamento: fui um bom filho? Por isso, dê o melhor de si hoje, porque
amanhã poderá ser tardio.
O filho quando pequeno tem no Pai
um herói, espelho a refletir imagens, as quais o filho sente necessidade de
imitar, por ter o paradigma a sua frente. Vejam a importância de ser PAI (com
letras maiúsculas), em cujo filho é depositada a esperança de um porvir
melhor.
Quantas vezes o Pai é ou foi
incompreendido, em face de não poder atender o desejo do filho, devido a
impedimentos circunstanciais. Não vamos longe, tomemos como exemplo: um não
proferido pelo Pai, quando se queria o sim. “Um desastre”. Acontece que, dizer
“não”, se faz necessário em algumas oportunidades, até como forma de amor.
Coisas que, só serão compreendidas com o passar do tempo.
A conquista da confiança do filho
é algo fundamental. Ao estar em dificuldades, é bem provável que procurará em
primeiro lugar o Pai. Caso contrário buscará socorro em terceiros. Podendo daí
advir prejuízos irreparáveis, irreversíveis, em virtude da desobrigação desses
em promover orientação condigna. A falta de palavras orientadoras, no momento
certo, pode torná-lo presa fácil de pessoas voltadas aos vícios.
Convém ressaltar que, a figura do
pai não está somente centrada no pai biológico e sim naquela pessoa dotada de
amor, carinhosa, prestativa e atenciosa para com seus filhos, sejam eles
legítimos ou adotivos.
Todo o Pai quer o melhor para o
filho, por analogia todo o jardineiro que se preza também pensa dessa maneira,
relativo ao jardim ou pomar, onde cada plantinha é um (a) “filho (a)”. Ele
começa por semear. A semente germina, desenvolve, precisa ser aguada. Vai
crescendo, é pequenina, necessita de amparo para se manter ereta. Cresceu, tem
floradas e a seguir produz frutos, bons ou ruins. Então, para que a planta seja
de qualidade, dependerá de intenso cuidado do seu patrono, o jardineiro. Assim,
também o Pai está para o filho.
O Pai precisa ser amigo do filho.
Disponibilizar tempo na agenda com o fito de manter diálogo, sempre que viável.
Demonstrar interesse o que é muito importante, pois que não basta dotá-lo disso
ou daquilo. O filho tem necessidade de conversar, trocar idéias, mesmo quando
rotula o Pai de “careta” ou de “quadrado”, no estágio de querer “alçar vôos com
as próprias asas”, período que “tudo sabe”.
E quando atinge a maioridade,
“filho criado, trabalho dobrado”. Nas conversas os pais seguidamente, saem com
este dizer: “filhos, só mudam o endereço”. Claro, é uma força de expressão, que
é muito comum nos relacionamentos familiares, guardadas as proporções e exceções
à regra.
Agora, é magnífico constatar a
alegria do Pai, quando vê que seu esforço foi compensado, que valeu a pena o
sacrifício, ao ver o filho encaminhado na vida, cônscio de suas obrigações,
membro ativo na sociedade. É esse o desejo do (s) Pai (s), e sentir a conquista,
a vitória de mais uma batalha na peleja da vida, é indescritível.
Se somos o que somos parte se
deve a um dos baluartes da família, o Pai. Por mais que façamos em seu
benefício, ainda estaremos em débito.
Para os Pais fica o registro da
nossa eterna gratidão.
Ao Pai Supremo o nosso
agradecimento pelas dádivas recebidas.
Amém.
.
*Nelson Vieira – Secr. Ed. Cultura do GOB-MS -
Querido Nelson...obrigada por nos presentear com um texto tão lindo e tocsnte. Abencoad@s sejam os filhos e seus pais. Grande abraço fraterno nesse seu dia e sempre.
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