Ganhará Campo Grande
e ganhará
Mato Grosso do
Sul
Nelson
Vieira*
Após marchas e
contramarchas foi anunciado em alto e bom tom, em evento realizado no Armazém
Cultural (ex-estação ferroviária), que seria
mesmo construído o CENTRO MUNICIPAL DE BELAS ARTES, na cidade de Campo
Grande-MS, naquele local, onde antes fora previsto a instalação de uma
rodoviária moderna, nos padrões das existentes em cidades consideradas de grande
porte. Uma obra que teve início, porém não foi levada
adiante.
A então prometida
rodoviária gerou muitas expectativas, porquanto para uns seria a redenção da
região, iria alavancar o progresso e valorizaria os imóveis, enquanto para
outros seria a perda da tranquilidade, motivada por transtornos, em face do
fluxo de pessoas no lugar, principalmente quanto ao quesito
violência.
Para a felicidade de
todos, hoje já temos uma rodoviária moderna,
edificada em outra localidade, aqui na Capital, em pleno funcionamento. O anseio
dos campo-grandenses tornou-se real. Aliás, sonhar ainda é permitido. Mas,
dizíamos do anúncio referente à criação do CENTRO MUNICIPAL DE BELAS ARTES, nos
moldes da prévia apresentada em outra ocasião, no gabinete do prefeito
municipal (gestão Nelson Trad Filho), para
divulgar a intenção da construção do centro cultural, com explanações relativas
às atividades culturais a serem contempladas, naquele espaço no futuro.
Lembramos bem do questionamento feito ao senhor prefeito, pela Sra. Delasnieve
Daspet, que perguntou: “A literatura para os senhores não é considerada,
cultura?” Sem dúvida que a resposta foi positiva.
Mas, a indagação fora
feita em virtude da constatação de que a literatura ficara no prejuízo, pois
passara despercebido o ato de contemplá-la no projeto, justamente a literatura,
a arte de escrever de várias formas, obedecidas às regras, que contribui com
outros segmentos culturais, por exemplo: teatro e canções. Assim, foi solicitado
a Sra. Delasnieve, que falasse com os técnicos que estavam à frente dos
trabalhos de elaboração do projeto no todo, por determinação do senhor
prefeito, à época.
Posteriormente, essa
mesma senhora, ofereceu um projeto relativo à inclusão da literatura, no qual
solicitou a criação de uma sala para os escritores sul-mato-grossenses, para
realizarem exposições, e um auditório para lançamentos de obras literárias,
cursos e atividades culturais ligadas à literatura. E, justiça seja feita, a
literatura também foi contemplada.
Passados os momentos de
contentamento, de euforia e, com os pés no chão, ficamos no aguardo
da entrega à sociedade, do presente que todos sabiam o que era,
mas que estavam ávidos para ver, usufruir e
que redundaria em dividendos à cultura,
economia e para o social.
Com certeza, o CENTRO
MUNICIPAL DE BELAS ARTES, seria um
referencial, um monumento à cultura, para demonstrar o que se faz nesta Capital
e no Estado e, oportunizaria recebermos
outras manifestações culturais de várias regiões do Brasil e do exterior, que
viriam participar e contribuir para elevar
cada vez mais a nossa cultura, nos cenários nacional e
internacional.
Infelizmente,
tudo ainda está para acontecer, e sabe-se lá quando? Atualmente, o local serve
para enes coisas deploráveis, por exemplo, criadouro de mosquitos. Mas, temos
esperança de ver o sonho se tornar realidade, para o bem de todos.
*Articulista.
Artigo publicado do Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul - pag.2 - de 16.01.2016.
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