PALMADAS
Nelson Vieira
De
certa feita, estava em viagem de serviço que obedecia a escalas de trabalho e,
lógico que de folgas também. Então, na primeira folga, fui questionado por um
colega, se eu queria aproveitar o tempo para ler um livro ou mais livros, porque
ele apreciava uma boa leitura e, como tal, trouxera alguns na bagagem. Diante da
pergunta, pensei com meus botões: é uma oportunidade e tanto,
aceitei.
Aceitei, daí ele disse: “Escolha um deles, fique a
vontade”. Escolhi o que tratava da educação, escrito por uma mulher, de
nacionalidade americana (EUA), cristã evangélica. Esqueci o nome da autora e do
livro, uma falha, mas não olvidei sobre o que mais me chamou a
atenção.
Isso ocorreu a mais de trinta anos, e o que a escritora
discorreu, ainda acontece, diariamente, agora em proporções bem maiores, apesar
dos ditos avanços no trato da educação, cujos resultados estão aí a olhos
vistos.
Para escrever o livro, a autora fez pesquisas, indo ao
encontro de subsídios que pudessem “alimenta-la” com dados precisos ou mais
próximos da realidade, para poder formalizar a sua obra.
Assim, numa dessas incursões ela foi parar num
estabelecimento prisional, para entrevistar internos, aleatoriamente.
Entrevistou várias pessoas e, uma delas impressionou a
escritora.
A
pessoa que impressionara a autora, era na ocasião um homem jovem, na faixa dos
trinta anos, mais ou menos. Ele lamentava a situação em que se encontrava,
cerceado da liberdade. Disse que na infância e adolescência cometeu muitas ações
nefastas e, que nunca foi advertido ou punido pelos seus responsáveis. Ao passo
que, as mesmas ilicitudes cometidas pelos companheiros de peripécias danosas,
sempre esses receberam castigos ou sofreram palmadas de parte de seus pais ou de
quem fazia às vezes de responsável.
É
normal que todos tenham suas opiniões a respeito da educação. Hoje, então, a
sociedade conta com profissionais graduados em diferentes formações, prontos
para atuar no campo da educação.
Mas, creio que tudo tem início na família, onde deve
haver o binômio: hierarquia e disciplina. É necessário ter atitude e é
primordial impor LIMITES, aos membros, a partir do momento que aflora a
capacidade de assimilação. O exemplo de conduta dos pais, dentro e fora do lar é
fundamental, porque através da observação, os filhos aprendem, muito, de bom e
de ruim.
Determinar execução de tarefas, de conformidade com a
idade da pessoa, com o intuito de aguçar a virtude responsabilidade e
valorização das ações com o fito de incutir o respeito e ser participe, da
equipe família. É interessante, estimular quem faz por merecer.
A
pratica de esporte (s) é auxiliar de primeira linha, na educação (ambiente
familiar e fora), com certeza, além de ser benéfica para a saúde. Todavia,
poucos são os privilegiados.
Toda criança é inteligente, e elas tentam fazer
prevalecer suas vontades, basta ouvir um sonoro NÃO. Só não fazem quando estão
impossibilitadas, por exemplo, por motivo de doença. Nestes casos cabe aos
responsáveis administrar, com bom senso, pois cada caso é um caso, mas sem
titubear, com pulso firme.
Na
conclusão do assunto educação, a escritora, concluiu que, às vezes as palmadas
são necessárias sim, ela disse: palmadas, e não formas de violências, do tipo
espancamentos e etc., com a finalidade de eliminar o mal pela raiz, ainda no
seio familiar, correções precisas para que, amanhã depois, não haja lamentações,
das partes envolvidas.
Quem tem a responsabilidade de educar não pode hesitar
para tomar decisões, sob pena de o resultado ser negativo. O mal educado sofre
nas mãos da sociedade, que não passa a mão na cabeça de ninguém.
Mas, sobre isso, o sábio Salomão, o maior rei dos
hebreus, em Provérbios, cap. 13, v. 24, na Bíblia, deixou para a posteridade:
“Aquele que poupa a vara, aborrece seu filho: mas o que o ama, continuamente o
corrige”. Ainda em Provérbios – Sentenças dos Sábios, no cap. 23, v. 13 e 14,
consta que: “Não queiras subtrair a correção ao menino: porque se tu o
fustigares com a vara, ele não morrerá. Tu o fustigarás com a vara: e livrarás a
sua alma do inferno”. A religiosidade também tem parcela de importância no
contexto da educação.
Quem ama corrige seus filhos, para não se arrepender
mais tarde.
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